Desde pequena via meus pais tomando o
“vinho” e o pão durante o culto e implorava por uma bicadinha do cálice e um
pedacinho do pão. Eu não sabia pra que ou por que daquilo, mas achava legal
demais, e o fato de que eu não podia comer instigava ainda mais a curiosidade
da criança.
Já foram muitos cultos de santa ceia,
e acredito que uma hora todo mundo cai no automático. E eu também.
Entregaram o copinho da ceia e o pão.
Comecei a brincar com o cálice (que vem lacrado, bonitinho) durante a oração.
Confesso, eu estava com bastante sono, e era domingo de manhã. A oração acabou
e chegou a hora de beber o suquinho- sangue-vinho-cálice. Eu ainda estava meio
fora do contexto e com sono quando fui beber e... eca!! O suco estava HORRÍVEL,
sem açúcar, estranho, ruim demais! Despertei (em todos os sentidos). Na mesma
hora Deus falou: “Tomar parte do meu corpo, da minha vida, de mim, não é um
doce, não é saboroso.”
A realidade de ser filho de Deus e de
viver como Ele, não é algo que pode simplesmente cair no esquecimento. Ser
espiritual é o oposto de viver no automático! Tomar parte da vida de Cristo é
escolher renunciar a nossa razão. É escolher o amor enquanto todos escolhem uma
falsa liberdade. É escolher ter o Reino como prioridade ao invés dos nossos
sonhos e metas. Não é doce, não é gostoso. As vezes desce pela garganta bem
amargo, mas desce trazendo cura, salvação, transformação, intimidade com Ele,
sabedoria... Escolher tomar parte da vida do Pai é escolher o próprio Pai! É escolher
relacionamento com o Criador! E estar com Ele, as vezes, é provação, é difícil,
porque o Criador está sempre aperfeiçoando sua obra! É muito amor!
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