confiar em Jesus
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"A confiança, com raízes na fé e na esperança, alcança uma profundidade sem precedentes na experiência do amor infinito. De nada vale protestar dizendo que um conceito desses é sublime demais para nós. É claro que é sublime demais para nós. A kabod Javé, glória absoluta de Deus, revela-se em Jesus como amor absoluto, e dela não podemos ter mais que uma noção superficial. No entanto, fomos feitos para o que é grandioso demais para nós. Somos feitos para Deus e nunca estaremos satisfeitos com menos do que isso. [...]
Se não permitirmos que Jesus transforme nossa percepção de Deus, se continuarmos agarrados a nossas imagens e projeções distorcidas e pré-cristãs, se pensarmos que não é fácil nos relacionar com Jesus (ele é sensível, inacessível e se melindra com facilidade), estaremos rejeitando a dádiva da sua amizade, desprezando a atmosfera clara, aberta e arejada de seu reino e escolhendo as masmorras escuras e repugnantes da desconfiança.
Mas e as dúvidas e preocupações? Também são sinais de rejeição do reino de Deus?
Não necessariamente. Não há fé isenta de dúvida, nem esperança imune à ansiedade, nem confiança livre de preocupações. Dúvida, ansiedade e preocupação lançam sobre nós sua sombra em variados graus; na verdade, surgem até em nossos sonhos. Conquanto internamente venhamos a dar consentimento a essas diversas facetas do medo, elas não são motivo para alarme, pois não são atos voluntários. Quando ameaçam nos consumir, podemos sobrepujá-las com um ato de confiança simples e espontâneo: "Jesus, por tua graça aquieto-me por um momento e ouço-te dizer: 'Coragem! Sou eu! Não tenhas medo'. Na tua presença e no teu amor faço repousar minha confiança. Obrigado." [...]"


Brennan Manning